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Apenas sorrindo

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Esse é meu jeito de encarar a vida...apenas sorrindo!!

terça-feira, 30 de julho de 2013

Ao pé do Farol



“ Li, certa vez que, ao pé do Farol, não há luz. Mas, e o que dizer, quando falamos não de uma proximidade geográfica, mas emocional, como na relação entre pai e filho, por exemplo?
Somente hoje, distante de meu pai, vejo o suficiente para enxergar, com relativa nitidez, a luz de seu Farol e para compreender a liberdade acolhedora de seu amor que, à época eu percebia como sufocante e limitador.


Foi preciso jogar-me ao mar, navegar nas ondas e intempéries daquilo a que chamamos vida, para vislumbrar não somente em que me tornei, mas também para reconhecer a segurança do porto de onde parti.
Só assim pude entender não apenas o que hoje sou, mas de que raízes brotei… Lembro-me de, quando jovem, ter dado a meu pai um livro do genial poeta Kahlil Gibran. No capítulo “Dos Filhos”, Gibran escreve: “Vossos filhos não são vossos filhos. São filhos e filhas da ânsia da vida por si mesma.” Eu, como todo jovem, clamava por liberdade.
E,como jovem, ignorante e esquecido dos perigos do desconhecido, enxergava apenas o mar que à minha frente se expandia.

Dar o livro a meu pai era como dizer a ele: “me deixa viver, me conceda a liberdade plena da experiência.”
Lembro que toda vez que discutíamos sobre liberdade ele me falava dos perigos que a vida nos reserva.

Mas eu, que estava ao pé do Farol, enxergava apenas a beleza do horizonte e meus olhos não percebiam a dureza do percurso…
Hoje sou pai.
Os filhos crescem, amadurecem, e percebo que, como muitos pais, continuo a tratá-los como se tivessem sempre a mesma idade, a mesma mentalidade, as mesmas fraquezas… Como hoje eu entendo que, para aprender a navegar, precisamos desafiar os tormentos e as borrascas do mar, é chegada a hora de aceitar um dos inevitáveis desígnios da vida: se nossos filhos estão ao pé do Farol, eles só poderão ver a luz se entrarem mar adentro…
E o melhor que podemos fazer, é desejar-lhes boa viagem. E torcer para que carreguem consigo um pouco de suas raízes. “

Quando éramos crianças, muitos de nós,  estavámos acostumados  a pedir a bênção aos nossos pais a qualquer hora que saíssemos ou chegássemos em casa, naquele apressado “Bença, pai!”, “Bença, mãe!” tão apressado que quase não ouvia a resposta. Todos nós, quando crianças, estávamos tão acostumados a pedir a bênção dos pais que, quando saíamos sem ela, parecia-nos que faltava algo à nossa segurança ou ao sucesso de nossos planos.

Hoje, passados os anos, tenho profunda consciência da importância da bênção dos pais na vida dos filhos. As Sagradas Escrituras também nos alertam sobre a necessidade dessa bênção. A Bíblia está repleta de passagens indicando a importância que Deus dá aos pais na vida dos filhos. Os pais são os cooperadores de Deus na criação dos filhos e, dessa forma, são também um canal aberto para que a bênção divina chegue a eles.

Tem uma passagem que diz:  “Honra teu pai e tua mãe, como te mandou o Senhor, para que se prolonguem teus dias e prospereis na terra que te deu o Senhor teu Deus”. Dessa forma, Deus promete vida longa e prosperidade àqueles que honram os pais. São Paulo disse que esse é “o primeiro mandamento acompanhado de uma promessa de Deus”.

Os Provérbios estão cheios de versículos que trazem a marca da presença dos pais. Eis um deles: “A bênção paterna fortalece a casa de seus filhos, a maldição de uma mãe a arrasa até os alicerces” Esse versículo mostra que a bênção dos pais (e também a maldição) não é simplesmente uma tradição do passado ou mera formalidade social. Muito mais do que isso, nos assegura que a bênção dos pais é algo eficaz e real, isto é, um meio que Deus escolheu para agraciar os filhos. O Senhor quis outorgar aos pais o direito e o poder de fazer a Sua bênção chegar aos filhos. É a forma que Deus usou para deixar clara a importância dos pais. Vejam estas passagens:

“Ouvi, meus filhos, os conselhos de vosso pai, segui-os de tal modo que sejais salvos. Pois Deus quis honrar os pais pelos filhos, e cuidadosamente fortaleceu a autoridade da mãe sobre eles. Quem honra sua mãe é semelhante àquele que acumula um tesouro. Quem honra seu pai achará alegria em seus filhos, será ouvido no dia da oração. Honra teu pai por teus atos, tuas palavras, tua paciência, a fim de que ele te dê sua bênção, e que esta permaneça em ti até o teu último dia. Pois um homem adquire glória com a honra de seu pai, e um pai sem honra é a vergonha do filho. Como é infame aquele que abandona seu pai, como é amaldiçoado por Deus aquele que irrita sua mãe!”.

Esses versículos mostram a grande importância que Deus dá aos pais na vida dos filhos e, de modo especial, à bênção paterna e materna. Infelizmente, muitos pais já não sentem a prerrogativa de que Deus lhes deu para educar formar e abençoar os filhos. Muitos já não acreditam no poder da bênção paterna e nem mesmo ensinam os filhos a pedi-la.

Os pais têm uma missão sagrada na terra, pois deles dependem a geração e a educação dos filhos de Deus. Eles são os primeiros mensageiros de Deus na vida dos filhos, sobre os quais têm o poder de atrair as dádivas divinas.
Se nós pudéssemos diariamente ter nosso encontro pessoal com Deus antes de sairmos para nossos compromissos, será que nos lembraríamos de pedir sua benção? No ensinamento de hoje tem um trecho que diz:” Deus deseja abençoá-lo com todas as coisas boas, mas você, freqüentemente, não está preparado para recebê-las.” Será que muitos de nossos sonhos não se concretizam porque não estamos preparados, não temos merecimento ou não temos a benção para alcançar o sucesso?

Toda vez que saímos de casa, pedimos a benção de nossos pais, para que tudo corra bem durante o dia? E para quem não mora com os pais, diariamente antes de sair de casa, faz oração para ter um dia abençoado? Como Meishu Sama diz em outra parte do ensinamento: “Se você quer sobreviver às grandes purificações, terá que se esforçar e qualificar-se servindo à Causa. Terá que elevar as suas vibrações até o nível em que possa receber as bênçãos divinas.”

Vamos nos esforçar em receber diariamente a benção de Deus através de nossos pais, afinal, como disse anteriormente: “ Os pais têm uma missão sagrada na terra, pois deles dependem a geração e a educação dos filhos de Deus. Eles são os primeiros mensageiros de Deus na vida dos filhos, sobre os quais têm o poder de atrair as dádivas divinas.”

Prestem atenção ao salmo de hoje, onde se diz: “ Sabei, ó homem! Não sois legítimos donos da vida. Ela permanece inteira nas mãos do Criador.”

Neste ano que ainda está no seu início, vamos criar um grande objetivo pessoal, mas não egoísta, pensem de forma altruísta, no que a benção que vocês querem alcançar será útil a Obra Divina e a sociedade em geral. Quem quiser se empenhar no encaminhamento, faça seu máximo, quem quiser se empenhar no donativo de gratidão, faça seu máximo, quem quiser se empenhar na prática do johrei, faça seu máximo, mas, sempre em sintonia Deus.

Tenho altar do lar em casa e antes de sair, sempre faço minha oração peço que Deus me abençoe e que eu possa ser útil, que tenha saúde e sabedoria para servir em sintonia com a Sua Vontade. Se eu não entrar em sintonia diariamente com Meishu Sama, o dia fica esquisito.

Não importa qual seja a idade do filho, ele sempre deve pedir a bênção de seus pais. E também não importa se o velho pai é um doutor ou um analfabeto, o filho não deve perder a oportunidade de ser abençoado por ele, se possível todos os dias, mesmo já adulto.

Quem ainda tem seus pais (ou apenas um deles) não perca a oportunidade que Deus lhe dá de lhes beijar as mãos e lhes pedir a bênção, para que Deus o abençoe, guiando seus passos e protegendo sua vida.



Para quem é filho, procure respeitar o sentimento de seus pais. Muitas discussões entre casais ocorrem por causa dos filhos e muitas dessas discussões ocorrem sempre na frente dos filhos. Todos se desrespeitam.
Quando alguém diz que fala o que pensa doa a quem doer, tem que ter clareza que também tem que aprender a ouvir, mesmo que doa.

Muitos escutam, mas não ouvem, outros falam, mas não dizem nada, alguns enxergam, mas não vêem a essência das coisas. Por isso, pensem bem quando quiserem lutar por seus ideais, respeitem o limite e a liberdade das pessoas a sua volta, para também ser respeitado.


Vamos orar muito a Deus , para que nossa vida não se transforme numa rotina massacrante, acomodados em nossa posição de conforto. Não podemos deixar de sonhar, de buscar a excelência na fé e na vida. Tem muito membro e muito sacerdote que vive assim, acomodado, acha que já atingiu seu máximo, estes tem que tomar muito cuidado. Quando resolver mudar, pode ser tarde demais.....

segunda-feira, 29 de julho de 2013

A mentira ( fofoca)


Certa vez, uma jovem foi ter com um sábio para confessar seus pecados. Ele já conhecia muito bem uma das suas falhas.
Não que ela fosse má, mas costumava falar dos amigos, dos conhecidos, deduzindo histórias sobre eles.
Essas histórias passavam de boca em boca e acabavam fazendo mal - sem nenhum proveito para ninguém.
O sábio disse:
- Minha filha você age mal falando dos outros; tenho que lhe dar um dever. Você deverá comprar uma galinha no mercado e depois caminhar para fora da cidade. Enquanto for andando, deverá arrancar as penas e ir espalhando-as. Não pare até ter depenado completamente a ave. Quando tiver feito isso, volte e me conte.
Ela pensou como os seus botões que era mesmo um dever muito singular!
Mas não objetou. Comprou a galinha, saiu caminhando e arrancando as penas, como ele dissera. Depois voltou e contou ao sábio.
- Minha filha - disse o sábio - você completou a primeira parte do dever. Agora vem o resto.
- Sim senhor, o que é?
- Você deve voltar pelo mesmo caminho e catar todas as penas.
- Mas senhor é impossível!  A esta hora o vento já as espalhou por todas as direções. Posso até conseguir algumas, mas não todas!
- É verdade, minha filha. E não é isso mesmo que acontece com as palavras tolas que você deixa sair?  Não é verdade que você inventa histórias que vão sendo espalhadas por aí, de boca em boca, até ficarem fora do seu alcance? Será que você conseguiria seguí-las e cancela-las se desejasse?
- Não, senhor.
- Então, minha filha, quando você sentir vontade de dizer coisas indelicadas sobre seus amigos, feche os lábios. Não espalhe essas penas, pequenas e maldosas, pelo seu caminho.  Elas ferem, magoam, e te afastam do principal objetivo da vida que é ter amigos e ser feliz!!! Pense nisso...

Usando apenas lindas palavras...

terça-feira, 9 de julho de 2013

O DIREITO À CIDADE E O INSTITUTO DE ARQUITETOS DO BRASIL


O Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB), entidade de representação dos arquitetos e urbanistas brasileiros, com noventa e dois anos de história, constituída em todos os Estados da Federação e um dos responsáveis pela pauta da Reforma Urbana desde 1963, reafirma, no contexto dos movimentos que tomaram as ruas do país, seu compromisso histórico com a democracia, o desenvolvimento, a cultura e o bem-estar do povo brasileiro.
 
O IAB apoia e se solidariza com tais manifestações populares que visam ampliar conquistas sociais, qualificar a representação política, a transparência nos gastos públicos e melhorar as cidades e seus serviços.
 
Contando com duas megacidades de interesse global e dezoito metrópoles, o sistema urbano brasileiro precisa ser tratado em sua dimensão estratégica para o desenvolvimento econômico do país e inclusão social das populações historicamente marginalizadas. Nesse sentido, a universalização dos serviços públicos é uma exigência democrática – bem como importante expressão do Direito à Cidade.
 
A democracia veio para ficar. As cidades precisarão corresponder a esta dimensão política.
Toda ação sobre a cidade é constituída de consequências sociais.

 
Agenda Pública

Tendo presente que a Presidente da República situou, entre os temas levantados pelas ruas, cinco pontos principais, o IAB, nesta Manifestação, visando o encaminhamento de soluções, propõe a seguinte Agenda, com aqueles aspectos mais proximamente correlacionáveis à arquitetura e ao urbanismo, ou seja, (i) a Mobilidade e o Planejamento, (ii) a Mobilidade e a Habitação e (iii) a Transparência e o Projeto.
 
1. Mobilidade e Planejamento
 
O privilégio ao transporte rodoviário alcançou o impasse, em prejuízo de todos, mas, em especial, dos mais pobres, que dependem do transporte público. A mobilidade, o uso da terra e a habitação são funções urbanas indissociáveis, que demandam políticas públicas articuladas em sistema de Planejamento permanente. O improviso e a discricionariedade não são compatíveis com o nível de desenvolvimento atingido pelo país.
 
O IAB considera indispensável privilegiar o transporte público de alto rendimento para os deslocamentos casa-trabalho, que são a maior parte dos deslocamentos urbanos, articulado a rede multimodal que atenda à diversificação de motivações, característica da contemporaneidade. Inclui-se, melhorar o espaço público de pedestres para uso seguro e acessível e implantar ciclovias, metas desejáveis também para o aumento da qualidade de vida e de saúde da população.
 
Nesse sentido, o IAB PROPÕE
 
(i) a implantação nos municípios e cidades metropolitanas de Sistemas de Planejamento Urbano ou Metropolitano permanentes, tratados como função de Estado; (ii) a criação de um Fundo Financiador de Estudos de Mobilidade; (iii) condicionar o investimento público em mobilidade à existência de Planos Urbanos e Metropolitanos de Mobilidade, elaborados conforme princípios e diretrizes da Política Nacional de Mobilidade Urbana.

2. Mobilidade e Habitação
 
A expansão exagerada do território urbano agrava os problemas de circulação. A provisão de novas moradias, sejam ricas ou pobres, precisa inserir-se no tecido urbano existente, evitando ampliar a área ocupada pela cidade – diferentemente do que fazem os privilégios aos negócios imobiliários ou, até mesmo, a construção de conjuntos residenciais no Programa “Minha Casa, Minha Vida”. Garantir crédito habitacional diretamente às famílias, sem intermediação de empresas construtoras, ajudará a conter o espraiamento das cidades. Igualmente, a urbanização e a regularização fundiária das “cidades informais”, dos loteamentos e favelas, é fator de aproveitamento da cidade já ocupada e ação favorável à sustentabilidade ambiental, econômica e social.
 
Nesse sentido, o IAB PROPÕE
 
(i) a criação de uma Meta Nacional de Urbanização de favelas e loteamentos das periferias; (ii) a formulação de um Programa de Universalização do Crédito Imobiliário diretamente às famílias, acessível sem burocracia, que lhes permita escolher onde morar, como comprar ou construir sua habitação; e (iii) oferecendo às famílias Assistência Técnica, seja para aquisição ou melhoria da casa ou a eliminação de riscos geotécnicos, ambientais e construtivos.
 
3. Transparência e Projeto
 
O IAB tem convicção de que um dos fatores determinantes para o aumento de custo das obras reside na ausência de Projeto Completo. Quando a obra pública é licitada a partir apenas do chamado “Projeto Básico” ou do “Anteprojeto” transfere-se à construtora vencedora da licitação a tarefa de detalhar e completar o projeto. Tal promiscuidade entre projeto e obra é indutora de reajustes e superfaturamento – e fator estimulante de corrupção. As obras públicas devem ser licitadas somente a partir de Projeto Completo. Quem projeta, não constrói.
 
O IAB PROPÕE
(i) impedir licitação de obras a partir de Projeto Básico ou de Anteprojeto exigindo Projeto Completo, com a modificação dos artigos correspondentes da Lei 8.666/93 e da Lei 12.462/2011 (RDC); (ii) garantir-se recursos específicos para o custeio de Projetos Completos, considerando-os como investimento autônomo, dissociando-o dos orçamentos de obras.
Ainda, o IAB PROPÕE
(iii) regulamentar o artigo 13, parágrafo 1º, da lei 8.666/93, que considera “preferencial” a realização de concurso para a escolha de projetos de obras públicas, tornando obrigatória a sua realização, de modo a se alcançar a isenção e autonomia entre projeto e obra. Ademais, cada obra pública precisa ser considerada como um instrumento para qualificar o ambiente urbano – e o concurso de projeto, escolhendo a melhor proposta, é sua garantia.
 
Finalmente, o Instituto de Arquitetos do Brasil reafirma a sua convicção no valor das instituições republicanas, estáveis e democráticas, condição indispensável para garantir o Direito à Cidade a todo cidadão brasileiro e para alcançar o desenvolvimento, a inclusão social e o bem-estar da populaçã
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