Atualmente, o mau comportamento
das crianças é considerado um problema social, mas parece-me que ainda não lhe
foi atribuída nenhuma solução adequada. As variadas teorias preventivas ainda
são muito superficiais, e é extremamente lamentável que nenhuma delas toque no
âmago da questão. Vou mostrar o método que eu acredito ser a prevenção
absoluta.
Antes de mais nada, é preciso
deixar bem clara a causa fundamental do problema. Para isso, temos de pensar
na relação entre pais e filhos. Em termos mais claros, se o pai é o tronco da
arvore, o filho é o ramo; por conseguinte, tomar medidas para não deixar
apodrecer o ramo, mas esquecer-se de cuidar do tronco, assemelha-se a colocar o
carro na frente dos bois. A condição básica para solucionar o problema é ter
plena consciência de que a causa do mau comportamento dos filho está nos pais
Em primeiro lugar, façamos urna
análise espiritual.
Como sempre digo, os pais e os
filhos estão ligados por um elo espiritual. Conseqüentemente, se houver máculas
no espírito dos pais, através desse elo o espírito dos filhos também ficará
maculado. Esta é a causa do seu mau comportamento. Sendo assim, o método para
evitar a delinquência infantil é fazer com que o espírito da criança não
adquira máculas. Para isso, é preciso, em primeiro lugar, fazer com que o
espírito dos pais não fique maculado. Ignorando esse princípio, os pais têm preconceitos errados e, sem saber, cometem pecados que dão origem a máculas,
as quais se refletem nos filhos. Portanto, é necessário que eles pensem
constantemente no bem e tenham um comportamento correto, preocupando-se sempre
em elevar o seu próprio caráter. Este é o único método eficiente; não existe
outro.
A interpretação acima baseia-se
no aspecto espiritual. Agora vou explicar materialmente.
Como todos sabem, os filhos aprendem com os pais e procuram
imitá-los. Por isso, quando os pais pensam no que não é correto ou praticam o
que não é bom, por mais habilmente que o escondam, é certo que um dia os filhos
ficarão sabendo, uma vez que moram sob o mesmo teto. Então, é óbvio que a
criança pense assim: "Se nossos pais fazem isso, que mal há em que nós
façamos também?"
Em síntese, não é errado dizer
que o mau comportamento dos filhos é uma conseqüência do mau comportamento dos pais. Por conseguinte, não passa de uma forma para desmascarar a corrupção
destes.
Pessoas que têm filhos! Saboreiem
bem esta tese e, se desejam que eles sejam bons, tomem-se bons pais primeiro. Mokiti Okada